Foto: Prefeitura de Agudo/divulgação
Francine Boijink
Especial
Com aproximadamente 90% da plantação de milho prejudicada e com o consumo humano de água potável afetado, o município de Agudo decretou situação de emergência por causa da estiagem. Os prejuízos ainda estão sendo contabilizados, mas os reflexos da falta de chuva são percebidos também no tabaco e na soja. Com a previsão de baixas precipitações para o primeiro trimestre de 2022, a situação foi formalizada no início desta semana, por meio do decreto.
Cenário de seca que colocou em alerta a administração municipal, de acordo com o prefeito Luís Henrique Kittel. "O que nos deixa também muito preocupados, e por isso, tivemos essa assinatura do decreto, é que os dias estão passando e continuamos fazendo muita entrega de água potável para a nossa população, principalmente, no meio rural", comenta Kittel, ao ressaltar que, desde janeiro, houve a distribuição de mais de um milhão de litros de água potável.
Júlio de Castilhos decreta situação de emergência por causa da estiagem
Ainda conforme o prefeito, informações iniciais apontam que os prejuízos ocasionados até o momento são irreversíveis. "Em princípio, principalmente, a safra do milho tem essa condição de irreversível praticamente na sua totalidade. A produção do tabaco e também da soja, se tivermos mais dias sem condição de chuva, nos preocupa de que a perda seja grande também como está sendo na produção do milho", explica.
Conforme o decreto, a recorrência da estiagem e a pandemia da Covid-19 contribuem para aumentar a vulnerabilidade social dos cidadãos agudenses, resultando em danos humanos, materiais e prejuízos econômicos e sociais. Na região Central, Júlio de Castilhos também decretou situação de emergência em função da seca, no início de dezembro.